A aeronáutica vai limitar o espaço aéreo nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. As medidas restringem o tráfego de aviões antes e depois das partidas.
É de uma sala no Rio que é feito o controle de cada aeronave no ar em território nacional. Lá foi elaborado o esquema para proteção dos estádios durante a Copa do Mundo. Oitocentos voos vão ser cancelados.
As restrições para pousos ou decolagens vão atingir nove dos 16 aeroportos que operam nas cidades onde haverá jogos. Nas áreas proibidas só poderão voar aeronaves das forças de segurança.
A área protegida tem um raio de até 7,2 quilômetros em torno dos estádios. Dependendo da localização das pistas dos aeroportos, os aviões não poderão pousar ou decolar. As restrições atingem Fortaleza, Recife, Salvador, Rio, Cuiabá, Manaus, Belo Horizonte e Curitiba.
Na abertura e na final da Copa as restrições vão começar três horas antes e durar até quatro horas depois do início dos jogos. Na primeira fase da competição, uma hora antes até três horas depois. E nas outras fases, uma hora antes até quatro depois das partidas.
Segundo o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro, as companhias foram informadas sobre as interdições em janeiro. Para os passageiros, no entanto, tudo ainda é novidade.
“Primeira vez que eu estou ouvindo isso e estou, assim, assustada com essa informação”, diz Debora Ciociola, arquiteta.
“Já temos a menos de 90 dias para o início da Copa, já era para o povo já estar sabendo disso”, declara Eduardo Alcântara, aposentado.
A associação que reúne as empresas aéreas diz que essas informações já estão disponíveis nos sites.
“Se achar que o seu voo pode ter sido afetado, basta ele entrar em contato com a sua companhia aérea, com a agência de viagem e terá todo processo de revisão feito se nenhum tipo de prejuízo, ou custo, ou trabalho”, afirma Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.
Em nota, a Agencia Nacional de Aviacao Civil informou que os passageiros terão direito de ser reacomodados ou até pedir o dinheiro de volta. Segundo a aeronáutica, o esquema de segurança vai comprometer menos de 1% dos voos.
“A nossa preocupação é garantir que todos voem, porém que essas áreas não sejam violadas porque os nossos aviões da defesa aérea estarão em voo. Caso uma aeronave desconhecida viole uma área de segurança, ele será interceptado pelas nossas aeronaves”, declara Ary Rodrigues, chefe do CGNA.
Fonte : www.jusbrasil.com.br